quarta-feira, 16 de julho de 2008

Estiagem

Acabou a brincadeira.
Antes era “quem bebeu, bebeu; quem não bebeu, chame o garçom”.
Agora é “quem bebeu chame um táxi; quem não bebeu, pegue minhas chaves, por favor”.
A lei batizada de “Lei Seca” por alguém que desconheço, começou com tudo e abalando as estruturas das noitadas. Quem for pego com uma determinada dosagem alcoólica no sangue, que com a lei anterior resultava em uma multinha, vai pra cana.
Pode parecer irônico, mas a cana talvez seja a única solução para o problema das mortes no trânsito. Não que antes fosse uma grande festa onde todos dançavam pelas ruas, embalados pelos versos ‘beber, cair e pilotar / beber, cair e pilotar / beber cair e pilotar’, mas havia aquela aura de impunidade, quebrada com a nova lei.
Resta saber se essa lei vai pegar ou não, a tal sina de todas as leis nesse país.
Além dessa pós-aprovação da lei para que ela não vá parar com as outras leis que saem de balão e se perdem por aí, essa lei tem aquelas famosas brechas. Tem a diferença entre a infração de trânsito e o crime penal. Tem toda aquela discussão sobre cada pessoa ter uma tolerância ao álcool diferente das outras.
Na verdade pouco disso importa. A conscientização, sim, é realmente necessária.
Não será em todos os cantos do país que haverá alguém para fiscalizar como anda o bafo dos motoristas.

Um comentário:

Paula Bastos disse...

Concordo plenamente com você. Essa lei não deveria ser tão rigorosa assim. Na verdade, o que sempre falta neste país é a conscientização...pra tudo!