sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cenouras, Brócolis e Batatas

Pelo amor de Deus, homem, pare de se preocupar com os outros! Todos estão muito mal, realmente. Pior ainda pela sua mania de ficar estendendo a mão.
Lá vai você pensando que agora sim achou uma chance de mostrar que é uma boa pessoa. Achou um pedinte, pedindo algo, pra variar. Já que você está aí, ele pode parar de se preocupar. Como bom pedinte, a missão dele acaba aí.
Quanto a você, sua missão começa aí. Dar-lhe algo de comer, cortar o cabelo, comprar novas roupas, arranjar um emprego, dar um tapa nas costas e dizer “Agora é com você”.
Bem-vindo de volta ao que muitos chamam de vida própria. Com seus próprios problemas e cabelos pra cortar. Aquilo tudo foi até bom enquanto durou, mas é tão bom ter um tempo sozinho. Olha só, rapaz, cada coisa nova acontecendo no mundo. Saudade desse jornal (e justo agora me toca esse telefone):
-Alô?
-Mais!
-Desculpa, mas agora não dá!
Ah, o jornal. Vamos voltar para o que há de novo – falando nisso, já que tocou no assunto, eu não sei se você percebeu, mas você acabou de perder um amigo. Não sei se você percebeu também, mas seu ex-amigo não vai pagar o conserto do telefone que você jogou no chão.
Tudo que for possível pra se sentir bem. Dar uma mão pode me deixar bem. Ter gratidão pode não te deixar. Muito justo, cada um na sua. Você pode até mesmo mudar de lado e ser o cara da ingratidão.
Nem dar o peixe, nem ensinar a pescar. Todos que se arranjem, ou virem vegetarianos.

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