sexta-feira, 20 de junho de 2008

Essa época que vem aí

Já parou pra pensar em como essa época de eleição é chata? Independente do fato de gostar ou não de política. E propaganda política então? Quer coisa mais chata? O candidato tem 5 segundos: “Marcelo Aquino Vinceslau de Camargo, 96574!”. E aí? E eu com isso? A não ser que eu goste muito do número 96574. Sei lá, tem gosto pra tudo.
É tudo muito chato mesmo, quer dizer, chato do lado político. Se você já desistiu da coisa toda, acaba até sendo engraçado. Você acaba até achando graça na falta de tempo do Marcelo ou no candidato da rima. “Pra você que não quer dar um passo pra trás, vote no Zé do Gás”. Aliás, se for parar pra pensar no tanto que propaganda política é engraçada, essa crônica não acaba. E a questão dos partidos? O cara depois de falar os 5 segundos dele, tem que falar “ com Fulano da Silva”. Por exemplo, “pela radicalização da política, vamos tomar as grandes propriedades... com Geraldo Alckmin presidente”.
Também tem o debate político. Já parou pra pensar no tanto que as pessoas têm pra falar? Tem reclamação pra isso, conselho praquilo. Enquanto isso, os políticos ficam lá falando tudo aquilo que a gente já imaginava que eles iam falar. Ninguém admite que fez nada de errado, ninguém admite que vai perder, ninguém admite que não tem nenhuma proposta para a recessão nas vendas a longo prazo nas pequenas cidades emergentes da região noroeste do Mato Grosso do Sul.
O negócio era pegar essas pessoas cheia de coisas pra falar e botar elas pra debaterem alguma coisa. Aquele mediador gira aquele globinho de bingo e escolhe um tema qualquer. “Maior problema do Brasil”. O primeiro fala saúde. O da réplica diz segurança. Aí vem a tréplica: “ Sabe quanto tempo eu demorei pra ser atendido?”. E o outro: “ E eu!? Sabe quanto me levaram de dinheiro esses dias?”. Levanta uma pessoa da platéia: Infra-estrutura, infra-estrutura!!! Isso iria gerar uma briga generalizada. Uma briga de verdade, não essas que a gente vê na época de eleição.

Nenhum comentário: