terça-feira, 26 de agosto de 2008

O cachorro da cantina

Ontem foi um daqueles dias típicos de faculdade. Você decide que dessa vez vai levar as coisas a sério e começa fazer trabalhos antigos – aqueles que parecem que nunca vão sair do papel. Então, você começa o primeiro deles e algo dá errado. Calma, é só o primeiro de muitos outros trabalhos. Vamos pro segundo! Outra coisa dá errado. Resultado: “vamos pra cantina ?”.
Chegando lá, a gente fez o mesmo pedido de sempre – chegamos até a pensar em rebatizar o pingado com nosso nome, algo como “vamos na cantina tomar um Murillo?”. Foi quando algo surpreendente aconteceu: um cão apareceu. Grande surpresa! Mas ele era daqueles cachorros bonitos que fazem aquele olhar que te deixa com vergonha de estar comendo um pão de queijo. Não dá pra acabar com a fome na África, mas com a fome de um mísero cãozinho dá. Enquanto você pensa isso, ele percebe que a estratégia está dando certo e reforça o olhar.
Pronto! Lá está você com fome e o cachorro se esbaldando no pão de queijo. Quando terminei o último pedaço, olhei pra ele como quem diz “É só isso, campeão. Agora só nos resta a amizade”. Ele olhou de volta, olhou de novo, até que se cansou e foi dar uma volta pela cantina, em busca de outra pessoa com comida. Meu deus, mas essa surpresa fica cada vez maior!
Mas o negócio é que o cachorro aprende com os erros e acertos e repete o que dá certo. Eu, Homo Sapiens com cérebro complexo, sempre dou o meu pedaço de comida pro cachorro.
Balanço do dia: Nenhum trabalho feito, com fome!

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