segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sacrifício

- E aí Norberto, como vai?
- Tudo bem. E com você?
- Bem, também.
- O que conta de bom?
- Ah rapaz, estou escrevendo minha biografia.
- Nossa que bacana. Mas sua vida é normal, não é Edson? Quero dizer...essas personalidades que tem essas coisas, não é?
- É, então...cheguei ontem a mais ou menos hoje, escrevi quase nada e não tenho o quê escrever.
- A gente só serve pra isso quando morre. Cê sabe que outro dia eu tava lendo o obituário do seu José, aquele do clube, não fez porra nenhuma a vida inteira, mas o texto me deixou comovido, chorei com o texto o que eu não chorei pela morte do coitado! Hahaha

Edson ficou pensativo. Observou um ônibus que vinha em alta velocidade. Olhou para Norberto e empurrou-o na rua.
Assim ganhamos os dois.

Um comentário:

paula machado disse...

Ganhamos os três, porque adorei o texto. :*