sábado, 13 de junho de 2009

II

só percebo que errei o caminho quando me encontro sozinho e só me acho novamente ao fugir dessa sombra que me persegue. essa sombra passada que tem minha forma, mas não sou eu. que tem minha voz, mas não sou eu. não sou eu.
rompo com ela ao cortar os punhos e me livrar dessas algemas. o sentimento de liberdade é o anestésico para o cortes.
vejo frases curtas entrecortadas pelos meus pensamentos. e pela voz de bethânia que rasga a noite. vejo garrafas vazias. vejo os olhos pesados no espelho. esses olhos não são meus.
e me deito nessa cama de bitucas. e vejo as frases curtas com muitos pontos. muitos pontos e poucos finais.

Um comentário:

Verônica Lima disse...

Adorei! Estão nas minhas indicações, a partir de hoje.

Bjs