o que acho é esse pedaço de papel, tão fragmentado quanto estão agora as ideias que tinha sobre o que escrever aqui. paro e tento entender se queria passar essas palavras para o papel, tentando me comunicar com alguém, ou se é apenas mais uma vez que escrevo por esse vício crônico de colocar os meus berros no papel e depois guardá-los na gaveta com canetas sem carga e maços amassados.
os pensamentos que não fluem me fazem colocar essa maldita música que me joga na cara tantas verdades. minha mão caminha sozinha para o telefone procurando o número dela na memória. enquanto a ligação chama, ela deve estar dormindo pela demora para atender, sinto o medo do qual fujo ao guardar minhas vontades na gaveta.
e ela atende dizendo o meu nome.